Por Gabriel Varela Lopes
Estudante de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda da Universidade Federal de Pernambuco
"Nós somos cientistas. Nós não blogamos. Nós não tuitamos.
Nós necessitamos do nosso tempo."
"Não nos levem a mal – dizemos sim para a ciência acelerada
do início do século 21. Dizemos sim ao constante fluxo de publicações em
revista e medição de seu impacto; dizemos sim para blogs de ciência e
atendimento das necessidades de mídia; dizemos sim à crescente especialização e
diversificação em todas as disciplinas. Nós também dizemos sim para investigar
a retroalimentação dos cuidados de saúde e a prosperidade futura. Todos nós
estamos também neste jogo.
No entanto, sustentamos que isto não pode ser tudo. Ciência
precisa de tempo para pensar. Ciência precisa de tempo para ler, e tempo para
falhar. A ciência nem sempre sabe o que pode estar certo apenas agora. Ciência
se desenvolve de maneira vacilante, com movimentos bruscos e saltos
imprevisíveis para a frente. Ao mesmo tempo, no entanto, arrasta-se por
aproximação em escala muito lenta, para a qual deve haver tolerância de maneira
que seu resultado seja justo.
Ciência lenta foi praticamente a única ciência concebível
por centenas de anos; hoje, argumentamos, essa lentidão merece renascer e ter
necessidade de proteção. A sociedade deve dar aos cientistas o tempo
necessário, mas, mais importante, os cientistas devem adequar seu tempo.
Precisamos de tempo para pensar. Precisamos de tempo para
digerir. Precisamos de tempo para entender bem uns aos outros, especialmente,
para a promoção do diálogo perdido entre humanidades e ciências naturais. Nós
não podemos dizer, continuamente, o que nossa ciência significa, o que será bom
para ela, porque nós simplesmente ainda não sabemos. Ciência precisa de tempo."
Aqui você encontra o site oficial do movimento: http://slow-science.org/
Sua página do Facebook: https://www.facebook.com/pages/slow-science/119742574718314
Para saber mais: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/slow-science/
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